Espécie decídua de grande porte com 15 a 20 m de altura, casca cinzenta, ramos jovens com pelos. Folhas alternas, digitadas, de 3 a 5 folíolos, ovados a elíptico, glabros, pecíolos de 6 a 15 cm de comprimento. Flores brancas ou arroxeadas, de 2 a 3 mm. Fruto drupáceo, globoso, de até 20 cm de comprimento.
A existência dessa árvore, a forma de disseminação de suas sementes é uma verdadeira aula de ecologia, se não, uma verdadeira poesia para quem aprecia os fenômenos que permitem a continuação da vida. A perpetuação da espécie depende de um pequeno roedor que não passa de 4 kg. Esse roedor é a cutia (Dasyprocta agouti) daí o nome popular dado à árvore. É claro que outros animais muito menores que a cutia, promovem a fertilização através da polinização e se isso não acontecesse grande parte dos vegetais não poderiam se reproduzir na natureza, mas o interessante do trabalho da cutia é a engenhosidade da natureza em promover o seu equilíbrio.
O fruto é um coquinho e contém em seu interior entre 1 e 3 castanhas, que para os humanos tem forte efeito laxante se ingeridos.
Esse fruto cai da árvore e fica no solo até apodrecer ou ser comido por algum animal. Se o coquinho apodrecer, as castanhas também apodrecerão e não serão capazes de germinar. Se o animal que comer o coquinho for uma paca ou um ouriço caixeiro, por exemplo, o coquinho será comido inteiro ou destruído e não haverá nenhuma chance de germinação. Porém, se o animal for uma cutia o destino será diferente.
A cutia, com toda a paciência abre o coquinho e come 1 ou 2 sementes e enterra o que não comeu.
Dizem que ela enterra o que não comeu para guardar e comer mais tarde, porém ela esquece aonde foi que enterrou as sementes e então, brota a árvore.
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