O pau-mulato é uma árvore nativa da amazônia e de reconhecido valor com ornamental, principalmente pela beleza escultural do seu tronco. De porte imponente e elegante, ele atinge de 15 a 40 metros de altura, com 30 a 40 cm de diâmetro de tronco. A copa é colunar e pode ter de 4 a 8 metros de diâmetro. Seu tronco é retilíneo, com ramificações somente no ápice. Anualmente, perde sua casca em longas tiras verticais, revelando uma superfície muito lisa, brilhante, de tonalidade avermelhada. Desta forma, por passar por este ciclo anual, o córtex do pau-mulato tem uma gradativa variação de cores, que vão do esverdeado ao castanho, passando pelo avermelhado, pardo e prateado. Por este motivo também, ele se mantém sempre livre de pragas, doenças, líquens, epífitas e trepadeiras. As folhas são simples, inteiras, grandes e semicaducas. As flores são como pequenas estrelas perfumadas, arranjadas em cachos. Elas surgem no outono e inverno, produzem muito néctar e atraem polinizadores. Os frutos que se seguem são do tipo cápsula, e amadurecem na primavera e verão, liberando as diminutas sementes aladas. A dispersão da espécie é pelo vento e pela água.
No paisagismo o pau-mulato se destaca principalmente pela beleza mutável do seu tronco. Podemos valorizar o seu uso em alamedas ou renques formais e ladeando caminhos e trilhas em bosques e parques. Uma das alamedas mais famosas de pau-mulato encontra-se no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que podemos apreciar na foto que ilustra essa ficha técnica. Seu crescimento é moderado a lento e é bastante resistente as pragas e doenças, exigindo pouca ou nenhuma manutenção. Seu uso é indicado na recuperação de áreas degradadas, principalmente quando a área a recuperar for de mata ciliar.
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